
Coordenadora do projeto De Olho na Cfem participou de encontro na África do Sul
De 5 a 8 de setembro, aconteceu evento da Escola Global de Combate a Fluxos Financeiros Ilícitos, Transferência de Lucros, Impostos e Evasão de Salários, na qual a Rede Igrejas e Mineração e a Justiça nos Trilhos participaram em Joanesburgo, a maior cidade da África do Sul. Evento em formato híbrido.
Antônia Larissa Alves (Coordinator of the De Olho Project at CFEM) was invited to be part of the Brazilian delegation, along with Larissa Santos (Political and Project Coordinator for Justice on the Rails); Majú Nascimento (Project Coordinator and Popular Educator in Justice on the Rails); Tadzio Coelho (Professor and Research Coordinator at the IFF Project) – joining a space of workers, activists and community organizations from across the Global South for moments of learning and coalition building focused on issues of illicit financial flows and corporate tax evasion.

A Escola Global pretende ser uma extensão dos processos já existentes em nível nacional, utilizando-os como base para criar um espaço de solidariedade internacional e aprendizado mútuo entre membros de movimentos populares preocupados com a justiça econômica, social e ambiental.
“Além de ser um processo coletivo de aprendizagens, onde ensinamos e aprendemos. O intercâmbio é um espaço para partilhar experiências, formar novas alianças e construir novos trabalhos. A escola é uma etapa de um projeto maior, que desenvolvemos e que envolve formação, articulação de redes e pesquisa”, ressaltou Larissa Santos, da JnT.

A Global School é um projeto que tem como objetivo combater os Fluxos Financeiros Ilícitos, Transferência de Lucros, Evasão Fiscal e Salarial, focando em mineradoras transnacionais. “Na oportunidade, foram abordadas muitas questões ligadas à temática que é importante para para o projeto De olho na CFEM”, afirmou Antônia Larissa Alves, coordenado no projeto De Olho na Cfem. “Dentre elas, destaco as várias manobras e inovações financeiras utilizadas pelas multinacionais para não pagarem impostos, tributos e royalties justos aos territórios onde a mineração se faz presente, o que reduz a arrecadação dos Estados e consequentemente o poder das comunidades barganhar mais recurso para criação e melhorias em políticas sociais”, explicou. E concluiu: ” É o exemplo da mineradora Vale que através de manobras financeiras ilícitas, transfere para o exterior recursos que não são contabilizados no Brasil, reduzindo a quantidade de CFEM destinado aos municípios, que poderiam ser investidos em saúde, educação, saneamento básico, assistência social e alternativas econômicas frente à mineração”.
O tema central das nossas trocas é a questão da Evasão Fiscal. O tema central das nossas trocas é a questão da Evasão Fiscal. Na África do Sul, a AIDC (Centro de Informação e Desenvolvimento Alternativo @AIDC_RSA ), atua muito com essa tema envolvendo questões trabalhistas. “Nessa escola global estamos falando sobre evasão de taxas, lucros que são garantidos pelos trabalhadores, exploração de nossos recursos naturais. Temos que entender IFFS como um assunto político. Como o IFFs se manifesta em determinados sistemas? Quando os países fazem acordos de negociação eles passam a liberar controles para atores externos, grandes empresas que criam mecanismos de dominação no acesso a recursos naturais”, ressaltou Jaco Oelofsen, da AIDC.
Comunicação Comitê, com informações da Justiça nos Trilhos